1 de set. de 2013

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2 de mar. de 2013

A verdade sobre a tolerância


                                                                                                                                
Luciana Honorata
Eu não gosto de começar meus textos com definições. Eu acho brega e pouco criativo. Foi por isso que demorei tanto a escrever esse – eu simplesmente não conseguia ver outra forma de começá-lo, senão assim, com uma definição. Até que me rendi.
É que parece que as pessoas não sabem o que a palavra tolerância significa, ou esqueceram. Na verdade, tenho uma teoria um pouco mais grave: a de que perverteram esse conceito. Nos dias atuais, tolerância deixou de ser o “respeito ao direito que os indivíduos têm de agir, pensar e sentir de modo diverso do nosso”, para ser considerado como aceitar que toda crença é verdadeira.
Trocando em miúdos, para ser tolerante hoje em dia, você precisa dizer amém e achar bonito alguém venerar uma vaca, por exemplo, afinal, aquela é a “verdade” da pessoa em questão – ela crê que vacas são sagradas e você não tem nada com isso, ok?! O mesmo vale para todas as outras crenças malucas e louváveis de qualquer religião, é importante ressaltar, inclusive a “religião” mundana na qual vale tudo, até “dançar” homem com homem, mulher com mulher (e o importante é que você seja feliz com a sua crença).
Tolerância deixou de ser então “cada um no seu quadrado”, para ser “elogie o meu quadrado e nunca o critique, e me permita estendê-lo por todas as áreas da sociedade, impondo minha filosofia e atestando-a como ‘verdadeira’, e então viveremos em paz”.
Não, nós não podemos discordar de ninguém. Não podemos falar das verdades bíblicas livremente, sem sermos taxados de intolerantes fundamentalistas, porque as “nossas verdades” desagradam aqueles que não estão em linha com elas, logo, eles não as toleram, e por conseguinte, não nos toleram.
Você já percebeu que agora é culto dizer que a verdade é relativa e que cada um tem a “sua própria verdade”? Eu estou louca ou as pessoas têm andado por aí recriminando a todos os que ousam dizer que têm alguma verdade na vida? Tô ficando maluca ou censuraram a verdade e seu conhecimento!?
Não, não estou louca, é o nosso mundo. No entanto, o que mais me preocupa, é que aqueles que nos recriminam por dizermos que “temos a verdade”, nos chamam de intolerantes por lançarmos mão dela para julgar as situações deste mundo, quando na realidade eles é que não aceitam nossa liberdade de pensarmos e sentirmos de modo diferente do seu e, portanto, estão sendo intolerantes conosco.
Pensando de forma mais cuidadosa, no fim das contas eu acho interessante. Porque grande parte das pessoas que dizem esse tipo de coisa, se autodenominam cientistas, e afirmam veementemente a “verdade” da evolução. Também são as mesmas pessoas que se debruçam sobre dados em pesquisas de ufologia, pasme você, e também querem entender as leis da natureza (Como, hein? Se a “verdade é relativa”…).
Também são as mesmas que ficaram revoltadas com os muçulmanos que derrubaram as torres gêmeas matando milhares de inocentes, mas, isso não é irônico? Porque elas deveriam ser tolerantes com a crença de que todos os não-muçulmanos são infiéis que devem ser mortos e enviados para o mármore do inferno. Ora, todas as crenças não são verdadeiras? Que mal há em aceitar que a crença dos muçulmanos sobre VOCÊ, senhor “cada-um-tem-sua-verdade”, é válida? Eles têm direito de lhe matar, e você tem obrigação (segundo sua própria filosofia) de aceitar isso, desde que o muçulmano seja feliz assim.
Além do mais, a crença de que “não devemos questionar a crença religiosa de uma pessoa”, é, em si mesma, uma crença para o adepto da “religião vale tudo”, e ele se torna, portanto, tão dogmático e mente fechada quanto qualquer religioso talibã, quando tenta impor aos outros a sua maneira de ver a vida. Em suma, eles criticam e reprovam qualquer um que não veja a “verdade” da maneira deles, EXATAMENTE como dizem que fazemos.
Mas eu gostaria de saber o porquê é errado questionar as crenças e comportamentos alheios – alguém pode me dizer? É inconstitucional? É imoral? Se é, onde está escrito isso? Ou é apenas a sua opinião, e você está tentando impô-la sobre todos? Isso não é muito tolerante da sua parte, não acha?
Agora, me sinto obrigada a falar um pouco sobre a verdadeira tolerância, o que é o objetivo mor desta dissertação. Apesar da clareza da definição do Aurélio, gostaria de ampliá-la um pouco mais, a bem da paz entre todos nós.
A tolerância é aplicada sobre tudo aquilo que nos desagrada e afronta. Ser tolerante é, portanto, não concordar, mas aceitar que o outro seja, diga e faça o que bem quer e entende, fazendo uso do seu livre-arbítrio, desde que, com isso, não fira a integridade de ninguém.
Sou tolerante com você, cidadão, que gosta de ouvir música alta pelas ruas da cidade, mas se você for meu vizinho, não poderá perturbar meu descanso.
Sou tolerante com você que não acredita que deve dar o dízimo, mas você poderia, por favor, ser tolerante comigo que sou dizimista, e com meu pastor, cujo caráter você desconhece, mas não cansa de chamar de ladrão?
Sou tolerante com você, que acha que a Bíblia não é digna de crédito, e provo minha tolerância quando me submeto aos ensinos darwinianos que nunca foram provados, embora embasem praticamente todos os estudos acadêmicos, mas não imponha sua crença ao tipo de educação que pretendo dar aos meus filhos.
Sou MUITO tolerante com você, que acha que beber é se divertir, e MUITÍSSIMO tolerante com as consequências que o seu vício já causaram na sociedade, mas você pode ser tolerante comigo, e não criticar minha escolha de jamais pôr uma gota de álcool no meu organismo?! Eu decidi me embriagar do Espírito de Deus daqui pra frente…
Nós, como cristãos, somos bastante tolerantes com a banalização que a sociedade tem feito a respeito do sexo. Permitimos e toleramos todos os filmes, músicas, novelas e livros que estão sendo veiculados, alguns dos quais até consumimos por falta de opção (ou de critérios mesmo), mas agradecemos se vocês respeitarem a decisão dos nossos jovens de se guardarem para o casamento, sem ridicularizarem sua decisão, nem questionarem sua sexualidade.
Somos imensamente tolerantes com a opção sexual de cada cidadão habitante neste mundo. Você pode ir e vir, fazer o que quiser da sua vida, e vamos lhe amar com o amor de Cristo, mas não vamos deixar de pregar a verdade sobre o que sua presente escolha vai causar ao seu destino eterno. Intolerância é tentar calar a nossa voz, amordaçar as nossas bocas com uma lei elaborada por quem não tolera ouvir o que lhe desagrada.
O que também não aceitamos, é que queiram educar as nossas crianças no nosso lugar, tentando embutir nelas a ideia de que o padrão de Deus na realidade é ultrapassado, nem que nos obriguem a celebrar cerimônias de casamentos homoafetivos (ou como queiram chamar), “abençoando” o que, biblicamente, Deus amaldiçoa.
Finalmente, nós também somos EXTREMAMENTE tolerantes com todas as piadinhas infames que envolvem “Adão e Eva” e sua suposta surrealidade. Estamos fartos de suas críticas e deboches com relação à veracidade da narrativa bíblica do Gênesis (sem falar de Moisés, Elias, Jesus e todas os escárnios relativos à nossa fé), mas também temos tolerado suas explicações infundadas sobre amebas evoluídas milagrosamente, geradas pela união de elementos químicos inanimados provenientes de uma absurda explosão causada por um nada absoluto, e temos nos submetido a estudar esse desvario em nossas universidades.
Eu poderia me estender e descrever muitas outras situações nas quais nós temos sido bastante tolerantes com os princípios (ou falta deles) de todos aqueles que não concordam com o estilo de vida cristão, mas acho que os mencionados já dão uma ampla noção da tolerância que temos exercido.
Podemos todos, agora, ser TOLERANTES de forma mais consciente, afinal? 
Por: Luciana Honorata
http://verbodavida.org.br/blogs-gerais/em-verdade/a-verdade-sobre-a-tolerancia/